Simepetro - Sindicato Interestadual das Indústrias Misturadoras, Envasilhadoras de Produtos Derivados de Petróleo
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3° Congresso supera expectativas – 25/08/10

Superando todas as expectativas de público, o 3° Congresso Nacional Simepetro registrou a presença de 212 participantes. Representantes de empresas de várias partes do país compareceram e prestigiaram o evento até o final. Na abertura, logo após a execução do Hino Nacional e apresentação do vídeo institucional do Sindicato, o diretor da Agência Nacional do Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis, Allan Kardec Duailibe, destacou o momento vivido pelo mercado e o trabalho da ANP na regulamentação. “O mercado de lubrificante hoje é pujante, a economia do país está bastante aquecida, há oportunidades de negócios para todos”.

Kardec fez questão de destacar a preocupação com o elevado índice de não- conformidades dos lubrificantes e pediu que as empresas sérias trabalhem em conjunto com a Agência no sentido de reduzir esses índices. O excesso de não-conformidades foi tema também da palestra da Superintendente da Qualidade, Rosangela Moreira de Araújo.

Ela exemplificou as mais frequentes em rótulos, registros e qualidade e informou que dentre as próximas ações da ANP no registro de produtos estão o desenvolvimento da solicitação de registro de forma eletrônica a classificação dos óleos básicos e a harmonização das exigências de rótulos com as de outros órgãos.

O representante da Superintendência de Fiscalização, Luiz Octávio M. Bernardes, ressaltou que o trabalho da fiscalização precisa ser bem direcionado. “Senão vamos continuar fazendo ações de fiscalização em números que vão parecer grandes e bonitos, mas que não vão ser eficazes para reduzir esse percentual de não-conformidades”.

O superintendente adjunto de Abastecimento, Rubens Freitas, repassou os principais pontos da Resolução n° 18, como as autorizações diferenciadas para os produtores de óleos industriais e automotivos; os requisitos para o recadastramento, como a qualificação jurídica; a econômico-financeira;  e a comprovação de instalações com destaque para a norma ABNT NBR 17505-1.

A Resolução 362/05 foi o tema da palestra do diretor Executivo do Sindirrefino, Walter Françolin, que deu ainda números sobre o rerrefino no Brasil e no mundo, ressaltando que o segmento se prepara para o aumento da capacidade de processamento e para a produção de básico rerrefinado Grupo II. Quem também abordou a questão do óleo lubrificante usado foi o diretor do Departamento de Combustíveis Derivados de Petróleo do Ministério de Minas e Energia, Cláudio Ishihara. Segundo ele o Ministério vem observando as metas de coleta definidas na Portaria Interministerial 464, e que em 2009 não foram cumpridas pela região NE. “O produtor pode ajudar informando corretamente e fazendo as contratações devidas dos seus coletores”.

A palestra sobre “O papel das Agências Reguladoras” foi uma das que mais mexeu com o público presente. Nela o advogado Alexandre de Moraes, destacou a necessidade de defesa das empresas diante das exigências da legislação. “Algumas exigências não são razoáveis para as empresas menores, é o princípio da razoabilidade”, comentou. Segundo Moraes isso ocorre em todas as Agências, algumas exigências “acabam quebrando a empresa”. Segundo o advogado, o relacionamento das Agências com os Sindicatos e com os associados deve ser de independência da atividade econômica, de fiscalização, de normatização. “Mas principalmente de respeito da atividade econômica, para possibilitar que todos aqueles que fazem parte possam exercer suas atividades sem serem penalizados”.

O Congresso também procurou trazer informações sobre as novas tendências e tecnologias dos óleos lubrificantes, bem como uma visão de marketing do papel das embalagens. Pela primeira vez o evento contou com uma palestra internacional, proferida pelo diretor da Lubrizol Dave Oesterle, que falou sobre fluídos hidráulicos. O gerente de Serviços Técnicos & Marketing de Lubrificantes para a América Latina da Afton Chemical, Douglas L. McGregor lembrou que há uma tendência de utilização de lubrificantes que podem rodar 60.000 km sem troca. No campo das embalagens, a mensagem do diretor da Vendas e Valor Ericsson Silveira foi quanto à importância de tê-la como um elemento estratégico de comunicação e promoção, algo efetivo para o sucesso do produto.

O gerente Geral de Comércio de Produtos da Petrobras, Sillas Oliva Filho, mostrou a visão da empresa sobre o mercado de óleos lubrificantes básicos, pontuando que 60% dos lubrificantes têm como destino o mercado automotivo que vem exigindo produtos com maior desempenho influenciados pela legislação ambiental.

Na análise da Petrobras haverá tendência de aumento de disponibilidade de oferta no mercado spot a partir de outubro de 2010; os preços deverão permanecer em elevação em função da crescente escassez de oferta, relação com a redução no nível de refino de combustíveis nos EUA e Europa; as unidades em manutenção/fechamento/problemas de produção; e a recuperação gradual da demanda em alguns mercados.

Fechando o Congresso, o gerente de Produção de Lubrificantes e Parafinas e gerente de Comercialização da Petrobras, Carlos Antonio Machado dos Santos, apresentou como é a produção de lubrificantes na Reduc. “O intuito era aproximar a Refinaria dos nossos clientes. Conhecendo um pouco mais nossa forma de produção, algumas dificuldades e projetos de melhorias, a gente consegue ter uma interação melhor no nosso dia-a-dia”, afirmou.

 

No dia 20 de agosto aconteceu a visita a Refinaria Duque de Caxias. Os participantes foram divididos em dois grupos. A programação incluiu uma palestra sobre o funcionamento da Refinaria com explicações sobre a produção do óleo básico e demais curiosidades que envolvem os lubrificantes, e logo a seguir, uma visita guiada de ônibus permitiu conhecer em loco as unidades de produção.


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