Simepetro - Sindicato Interestadual das Indústrias Misturadoras, Envasilhadoras de Produtos Derivados de Petróleo
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Petróleo acumula alta de 8,7% em oito dias

Jornal do Commércio – RJ

Os preços dos contratos futuros do petróleo fecharam em alta ontem, impulsionados pela divulgação dos resultados trimestrais da Caterpillar e de outras empresas, que trouxeram números mais fortes que os previstos, reforçando a perspectiva de recuperação da economia e, por tabela, da demanda por combustíveis.

O contrato do petróleo para agosto negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), que expirou ontem, fechou a sessão em alta de US$ 0,74, ou 1,16%, a US$ 64,72 o barril. O contrato para setembro, que passa a ser o primeiro vencimento do petróleo na Nymex, subiu US$ 0,32, ou 0,49%, para US$ 65,61 o barril. Na plataforma ICE, o contrato do petróleo tipo Brent para setembro avançou US$ 0,43, ou 0,6%, para US$ US$ 66,87 o barril.

O valor do barril negociado na Nymex aumentou 8,7% desde 14 de julho. Antes disso, os contratos haviam perdido cerca de 20% do valor em menos de duas semanas por conta da percepção de que a retomada da demanda por combustíveis seria adiada pelo menos até o momento em que a economia mundial começasse a se recuperar.

“O avanço das ações foi o principal condutor dos preços na semana passada”, disse Jim Ritterbusch, presidente da consultoria Ritterbusch and Associates. Para Tom Bentz, operador do BNP Paribas Commodity Futures, “algumas compras ligadas ao vencimento do contrato agosto no final do pregão” também ajudaram a impulsionar o complexo do petróleo.

“Não acho que o rali é sustentável”, disse Ritterbusch. “Amanhã (hoje), as estatísticas do DOE forçarão um lampejo de realidade e trarão um pouco do foco de volta para os fundamentos baixistas.”

Não é o que pensa o National Australia Bank. Segundo um relatório assinado por disse Gordon Manning, analista técnico da instituição, o petróleo bruto deve ampliar sua alta para além de US$ 65 o barril, uma vez que um indicador de impulso técnico sugere que o mercado se recuperou depois de não ter conseguido romper os níveis de suporte na semana passada. “Esse gráfico me diz que tivemos a correção”, disse ele em entrevista por telefone. “Realmente passamos os últimos três a quatro dias arredondando o limite inferior. Há uma probabilidade muito grande de que a queda já tenha passado.”

O petróleo caiu para US$ 59,52 o barril a 14 de julho, seu menor patamar desde 18 de maio, em meio à incerteza quanto às perspectivas de uma recuperação da demanda mundial. O mercado se recuperou na semana passada e interrompeu o período de queda de quatro semanas, registrando uma alta de 44% este ano.

Os preços enfrentam nova resistência de alta antes de qualquer aproximação rumo à área de US$ 88 a US$ 100, a meta de longo prazo dos preços de Manning.


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