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O Boletim Mensal de Acompanhamento da Indústria de Gás Natural, publicado pela Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, divulgado nesta segunda-feira (10), concluiu que os indicadores de consumo de gás natural no mês de junho apontam que o setor industrial brasileiro está saindo da crise e retomando seu potencial de produção.
O consumo do insumo pelas indústrias aumentou de 27,92 m³/dia em maio para 28,36 m³/dia em junho. Segundo o MME, apesar de pequeno, o aumento é significativo comparado com os setores automotivo, residencial, comercial, de geração de energia elétrica e cogeração. O gás utilizado para geração de energia elétrica teve uma redução de cerca de 2 milhões de m³/dia, basicamente no Rio de Janeiro, que foi compensada em parte pelo aumento do consumo no Ceará e em Pernambuco, em razão do despacho das UTEs Termofortaleza e Termopernambuco. A oferta de gás nacional em junho caiu cerca de 3 milhões de m³/dia em relação ao mês anterior, por conta do ligeiro crescimento da produção nacional. Isso se deu em função de procedimentos de manutenção em unidades de exploração e produção na bacia de Campos e teve como consequência o aumento substancial da queima e a redução dos volumes absorvidos em UPGNs. A produção no Rio de Janeiro cresceu cerca de 1 milhão de m³/dia, mas a queima cresceu cerca de 4 milhões de m³/dia. Na Bahia houve aumento da produção em razão do despacho da UTE Termopernambuco e no Espírito Santo houve queda de 1,5 milhões de m³/dia na produção de campos de gás não-associado. Ainda de acordo com o MME, para compensar a redução na oferta de gás nacional, houve aumento da importação da Bolívia (+0,4 milhões de m³/dia) e também aumento da regaseificação de GNL no terminal de Pecém, que operou durante a segunda quinzena do mês de junho com cerca de 2,4 milhões de m³/dia, em média. A primeira carga de GNL foi importada de Trinidad & Tobago. |